Arquivo diário: 31 de maio de 2010

Orações coordenadas II

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c) Alternativas

Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção “ou”. Além dela, empregam-se também os pares: ora…ora, já…já, quer…quer…, seja…seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.

Exemplos:

Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

Obs.: nesse último caso, o par “quer…quer” está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a “Estarei lá”. É como disséssemos: “Embora você não permita, estarei lá”.

d) Conclusivas

Exprimem conclusão ou consequência referentes à  oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.

Exemplos:

Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O time venceu, por isso está classificado.
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.

e) Explicativas

Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.

Exemplos:

Vou embora,  que cansei de esperá-lo.
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.

Atenção:

Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com  as subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas:

– Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.

Por Exemplo:

A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)

– Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.

Por Exemplo:

Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)

Note-se também  que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal

Quer se dar bem no ENEM?

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Leia mais e se mantenha atualizado!

A Redação representa uma parte importante na prova do Exame Nacional do Ensino Médio.

O ideal é fazer uma dissertação de 15 a 20 linhas com introdução, desenvolvimento e conclusão (conclusão proposta).

O aluno deve sugerir uma intervenção para o problema apresentado, com uma boa argumentação e defesa do seu ponto de vista. A leitura de jornais, revistas, documentários e assistir a  filmes pode ajudar na criatividade e na formação de uma opinião.

Poesias

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Lembranças

Pai,um sonho,uma saudade

Lembranças,carinhos

Sua confiável amizade.

O verdadeiro sentimento de quem

Leva e quem traz

Se eu pudesse  voltar  a vida por um dia

Seria criança para tê-lo comigo

E não te deixar jamais.

Seus olhos tão verdadeiros

Suas mãos firmes a me guiar

Ensinou-me tudo o que sou

Ensinou-me a te amar.

As estórias,as canções

Os casos no fim da tarde

Seu colo,seu afeto

No peito ainda ardem.

Não foi escolhido por acaso

Deus tornou-te o pai querido

Que vives em minhas lembranças

E jamais será esquecido.

Quero declarar-te,então

Que mesmo ausente agora

Revivo os tempos de outrora

E trago-o em meu coração.

Em memória de Joaquim Firmo Dias Duarte  18/06/1921 a 19/01/2000

 Conivências x competência

Ser competente ou ser conivente?

A conivência pode aliar-se à mediocridade, aos ganhos particulares,ao desapego à justiça e até mesmo alcançar patamares que a própria competência desconhece.

Os patamares da conivência comprovam a hipocrisia e a capacidade de provar o quanto se é incapaz.

Já a competência…

Essa dispensa apresentações, dispensa falsos acordos, conhece de perto a retidão, pois não deixa dúvidas por onde passa.

Embora nossa política prefira a conivência à competência, não é difícil entender o porquê: a grandeza de de um homem não se mede pelos olhos de outro.

Um homem que age por acreditar num ideal coletivo não se vende a favores, cargos ou encargos. Conhece o quanto é bom no que faz e o faz por assumir sua identidade,comprovando sua capacidade.

Já alguns coniventes…

São meras marionetes disponíveis a assumir a identidade que lhes oferecerem.

Contudo, se  um homem alcançar um elevado patamar por sua competência,digamos:

 Graças a Deus. Ainda há esperança.

As faces fabulosas da coisa

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As faces fabulosas da coisa

Onde estão os idealistas?

Onde estão aqueles que acreditam em seus ideais e lutam pela realização dos mesmos, ainda que lhes custem a liberdade?

O idealismo dos jovens que sonham com um futuro promissor e planejam o amanhã com o entusiasmo de quem vive o hoje? Jovens que não se acomodam com as frases feitas pelo populismo acovardado:

“Não há em quem acreditar ninguém faz coisa alguma”.

“A coisa não tem mais jeito”

“As coisas só pioram mesmo…”

“Meu voto não vai fazer diferença mesmo pras coisas melhorarem”

“Entra um e sai outro…as coisas são sempre as mesmas”

“Que coisa”…

Certamente, a palavra coisa não designa Coisa com Coisa mesmo!

E que coisa é esta?

Tentemos substituir a famosa coisa por alguma outra coisa melhor:

“Não há em quem acreditar, ninguém cumpre compromisso algum”

Mas, quantos têm cobrado o cumprimento dos compromissos firmados, em épocas propícias?

“A política não tem jeito”

Mas, o que se tem visto é política ou politicalha? Se a segunda opção lhe cair bem, melhor assumir a parcela de responsabilidade nessa façanha.

“Meu voto não fará diferença para a realidade da população brasileira melhorar”

É sempre bom lembrar que a população brasileira não é aquela do outro lado do mundo. Ao contrário, é esta na qual você se encontra, é esta da qual você faz parte, é esta em que você vive…

Onde você chora e ri!

Por onde você anda, corre e cansa.

É nesta que você trabalha, esforça-se, desperta e adormece.

Às vezes se lembra, às vezes se esquece…

Esta população brasileira sou eu, é você, somos nós… Um povo inteiro disposição para acolher, mas que precisa ser acolhido pela justiça…que ainda não aprendeu a conquistar.

“Entra um e sai outro… a corrupção, a mentira, a desigualdade são sempre as mesmas”

Entre um e outro houve uma escolha. E dela você fez parte direta ou indiretamente, mesmo que agora não se lembre sequer da sua última escolha. Há uma parcela de responsabilidade de todos os que compõem esse cenário, que inescrupuloso ou não, é o que se tem diante dos olhos e no que se vive o cotidiano.

“Que cansaço…” ou pior:

“Não dá pra acreditar, hein?”

Na verdade, não dá pra acreditar que o conforto dos braços cruzados acomode a “Brava gente brasileira”.

O sonho da igualdade acabou?

As trevas noturnas da ignorância e da exploração não cederam à aurora da democracia e da liberdade?

Onde estão os ufanistas? Os utópicos? Os eternamente sonhadores capazes de mover suas últimas forças para a mudança, por menor que seja ela?

Os ideais revolucionários se apagaram em meio a frieza do olhar taciturno e desacreditado?

Declaradamente… é fantástico ser um idealista…

É fantástico crer que dias melhores não tardarão…

Acreditar que há homens justos, que há pessoas honestas e sonhadoras…

Declaradamente… ainda que não haja jovens sonhadores que se sintam capazes de mudar o mundo… de tentar outra vez… de caminhar e cantar… e…construir a canção…

Ainda assim, sempre há possibilidade de ocorrer o inesperado…o inusitado…

Ainda assim, é bom lembrar que a juventude é uma questão de ideologia…

A juventude de outrora, de hoje ou de amanhã pode estar disposta a dar a resposta e inverter a história…

Afinal, quem sabe faz a hora…e a coisa…pobre coisa…pode cair num descruzar de braços para unirem-se as mãos!

Valéria Duarte Guedes

Professora de Língua Portuguesa

Exercícios: Processo de formação de palavras

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.1 (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo
processo:
a) ajoelhar / antebraço / assinatura
b) atraso / embarque / pesca
c) o jota / o sim / o tropeço
d) entrega / estupidez / sobreviver
e) antepor / exportação / sanguessuga

2. (BB) A palavra “aguardente” formou-se por:
a) hibridismo     d) parassíntese
b) aglutinação     e) derivação regressiva
c) justaposição

3. (AMAN) Que item contém somente palavras formadas por justaposição?
a) desagradável – complemente
b) vaga-lume – pé-de-cabra
c) encruzilhada – estremeceu
d) supersticiosa – valiosas
e) desatarraxou – estremeceu

4. (UE-PR) “Sarampo” é:
a) forma primitiva
b) formado por derivação parassintética
c) formado por derivação regressiva
d) formado por derivação imprópria
e) formado por onomatopéia

5. (EPCAR) Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à seqüência numérica encontrada:
( ) aguardente     1) justaposição
( ) casamento     2) aglutinação
( ) portuário         3) parassíntese
( ) pontapé         4) derivação sufixal
( ) os contras     5) derivação imprópria
( ) submarino     6) derivação prefixal
( ) hipótese
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1         d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6         e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6

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Processo de formação de palavras

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A língua portuguesa possui dois processos básicos de formação de palavras: derivação e composição.

1) Derivação: consiste, basicamente, na modificação de determinada palavra primitiva por meio do acréscimo de afixos.

1.1) Derivação prefixal: acréscimo de um prefixo ao radical. A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

Ex.: re/com/por ( dois prefixos), desfazer, im paciente.

1.2) Derivação sufixal: acréscimo de um sufixo ao radical. A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

Ex.: realmente, folhagem.

1.3) Derivação prefixal e sufixal: acréscimo de um prefixo e um sufixo num mesmo radical. A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.

Ex.: deslealmente ( des- prefixo e -mente sufixo ). Você pode observar que os dois afixos são independentes: existem as palavras desleal e lealmente

1.4) Derivação parassintética: ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e do sufixo. A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

Ex.: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar.

1.5) Derivação regressiva: ocorre quando se retira a parte final de uma palavra derivada. É o processo de formação de substantivos derivados de verbos (1ª e 2ª conjugações); tais substantivos são chamados de “deverbais”. A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem.

Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português).

1.6) Derivação imprópria: ocorre quando a palavra muda de classe gramatical. A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando palavra comumente usada como pertencente a uma classe é usada como fazendo parte de outra.

Ex.: coelho (substantivo comum) usado como substantivo próprio em Daniel Coelho da Silva; verde geralmente como adjetivo (Comprei uma camisa verde.) usado como substantivo (O verde do parque comoveu a todos.)

2) Composição: consiste na formação de palavras pela junção de duas delas.

A formação de palavras por composição dão-se por:

2.1) Justaposição: semalteração fonética (palavras compostas sem alteração fonética).

2.2) Aglutinação: há alteração fonética na formação da palavra. Outros Processos de Formação de Palavras

3) Hibridismo: palavras formadas por elementos vindos de outros idiomas.

4) Onomatopeia: palavras que procuram imitar sons, ruídos, sons de animais.

5) Abreviação vocabular: a forma original deu origem a uma forma abreviada. Ex: motocicleta > moto

6) Siglas: criação de palavras a partir de siglas. Ex: AIDS.

Pronomes relativos

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Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.

Nós conhecemos o professor. O professor morreu. Nós conhecemos o professor que morreu.

Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo professor e está relacionando a segunda oração com a primeira.

Os pronomes relativos são os seguintes:

Variáveis Invariáveis O qual, a qual Que (quando equivale a o qual e flexões) Os quais, as quais Quem (quando equivale a o qual e flexões) Cujo, cuja Onde (quando equivale a no qual e flexões) Cujos, cujas Quanto, quanta Quantos, quantas Emprego dos pronomes relativos

1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar. Este é o pintor a cuja obra me refiro. Este é o pintor de cuja obra gosto.

2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas: Não conheço o político de quem você falou.

3. O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo classificado como pronome relativo indefinido. Quem faltou foi advertido.

4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição. Marcelo era o homem a quem ela amava.

5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural. Não conheço o rapaz que saiu. Gostei muito do vestido que comprei. Eis os ingredientes de que necessitamos.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os, as. Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo)

7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões). Aquele é o livro com que trabalho. Aquela é a senhora para a qual trabalho.

8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída. Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio.

9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas. Comprou tudo quanto viu.

10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual. Este é o país onde habito. a) onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento. Pode ser usado sem antecedente. Sempre morei no país onde nasci. b) aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde. Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança.

EXERCÍCIOS

Preencha com o pronome relativo adequado:

01. Vi a moça (…) tu gostas.

02. Vi o país (…) tu vais.

03. Vi o país (…) tu vens.

04. Vi o país (…) tu moras.

05. O modo (…) agiu foi sincero.

06. Tenho tudo (…) quero.

07. Vi a moça (…) tu amas.

08. Eis o livro (…) leitura gostei.

09. Falou tudo (…) quis.

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