Arquivo diário: 30 de maio de 2010

Como redigir um editorial?

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  • O Que é: O editorial é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.  Contudo, escrito em 3ª pessoa, com a predominância da Língua Padrão.

Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado.

Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.

O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu.

  • Para estruturar um editorial:

-> 1º parágrafo:  A informação. Apresenta-se o fato, a notícia. Apontam-se dados reais e o que estimulou o redator ao editorial.

-> 2º parágrafo: Introduz-se a opinião do autor a respeito da informação dada.
Inicia-se a argumentação que compreenderá dois ou três parágrafos subsequentes.

E agora? O que argumentar? Como argumentar?

Os parágrafos que organizam o desenvolvimento do texto devem apresentar:

  • Exemplos e justificativas para o autor mostrar-se favorável ou contrário à introdução do texto (movimento de retomada coesiva ao 1º parágrafo).

Causas e consequências do fato apresentado.

-> Possíveis citações de opiniões que ratificam a do autor ou de dados que o façam (“Conforme editado em…” / “Segundo…” / “De acordo com…”)

-> Durante a argumentação de um editorial, é permitido e interessandte que o autor demonstre ironia e humor diante do assunto discutido.

  • Conclusão

Há dois tipos de conclusão de um texto argumentativo:

1)    Conclusão em forma de síntese:  O autor resume a ideia central do textom retomando o primeiro parágrafo.

2)    Conclusão proposta: O autor apresenta sugestões para aquilo que abordou como problema referente à informação dada na introdução,ao longo do desenvolvimento do texto ou o autor apresenta sugestões para se manter a situação, caso, ao longo do desenvolvimento, tenha sido favorável à informação dada na introdução.

  • Conjunções, Locuções Conjuntivas e Pronomes que ligarão um parágrafo a outro:

a)     entretanto, porém, mas, todavia (em caso de introduzir uma ideia contrária ao que foi dito anteriormente)

b)     Sendo assim, com isso, isso prova que (em caso de endossar argumentos anteriores)

c)     Logo, portanto,  por conseguinte, então, sendo assim( introduzem ideias conclusivas sobre os argumentos apresentados)

  • Algumas expressões utilizadas em textos argumentativos para iniciarem opiniões:

“Na verdade…”, “É indubitável que…”, “É imprescindível que…” , “Consequentemente…”, “Os fatos se comprovam através de…”, “Muito se diz a respeito de…”, “A sequência de ….” .

  • IMPORTANTÍSSIMO PARA REDIGIR UM BOM TEXTO E ALCANÇAR A NOTA DESEJADA NO VESTIBULAR:

-> LEIA atentamente o ENUNCIADO da banca;

-> SUBLINHE as palavras-chave e, ao lado do texto do enunciado, ESCREVA com suas palavras o que entendeu. Depois disso, perceba a relação entre os textos, geralmente, apresentados na coletânea da prova, para que você identifique qual é o tema.

Período composto por coordenação

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PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Já sabemos que num período composto por coordenação as orações são independentes e sintaticamente equivalentes.

Observe:

As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo.

O período é composto de três orações:

As luzes apagam-se;
abrem-se as cortinas;
começa o espetáculo.

As orações, no entanto, não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe entre elas, evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da outra. A essas orações independentes, dá-se o nome de  orações coordenadas, que podem ser assindéticas ou sindéticas.

A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada na escrita por uma vírgula. Entre a segunda e a terceira, é feita pelo uso da conjunção “e”. As orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, sem conjunção, são chamadas assindéticas. É o caso de “As luzes apagam-se” e “abrem-se as cortinas”. As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. No exemplo acima, a oração “e começa o espetáculo” é coordenada sindética, pois é introduzida pela conjunção coordenativa “e”.

Obs.: a classificação de uma oração coordenada leva em conta fundamentalmente o aspecto lógico-semântico da relação que se estabelece entre as orações.

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas

De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

a) Aditivas

Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência.  As conjunções coordenativas aditivas típicas são “e” e “nem” (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.

Por Exemplo:

Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.

As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só… mas (também), tanto…como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:

Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.

Obs.: como a conjunção “nem” tem o valor da expressão “e não”, condena-se na língua culta a forma “e nem” para introduzir orações aditivas.

Por Exemplo:

Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.

b) Adversativas

Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. “Mas” é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.

Veja os exemplos:

“O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade.” (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Janaína gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.

Saiba que:

– Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção “e”. Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.

Por Exemplo:

Deus cura, e o médico manda a conta.

Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: “Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!”

– A conjunção “mas” pode aparecer com valor aditivo.

Por Exemplo:

Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.

As funções da palavra SE

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As funções exercidas pela palavra se

1. Termos essenciais da oração: sujeito e predicado.

a)    Sujeito: simples, composto, indeterminado; oração sem sujeito.

Considerando a palavra SE é a que mais traz dúvidas quando pretendemos identificar o sujeito de uma oração, trazemos,a seguir as várias possibilidades de classificação.

Função da palavra SE

A palavra SE pode exercer diversas funções dentro da língua portuguesa.  Tais funções são as seguintes:

Pronome apassivador ou Partícula apassivadora
Aparece na formação da voz passiva sintética com verbos transitivo direto, e transitivo direto e indireto; com verbo transitivo apenas indireto, não há possibilidade. Na prática, a frase pode ser transposta para a passiva analítica ( com dois verbos ).
Ex1: Reformam-se móveis velhos. (= Móveis velhos são reformados. )
Ex2: Entregou-se o prêmio ao aluno que obteve a melhor nota. (= O prêmio foi entregue ao aluno que obteve a melhor nota. )
Índice de indeterminação do sujeito

Também chamado de pronome impessoalizador, pronome apassivador impessoal ou, ainda, símbolo de indeterminação do sujeito, aparece junto a verbo intransitivo ou transitivo indireto.
Como o nome já diz, quando exerce essa função, a palavra SE indetermina o sujeito da oração. Esse tipo de oração não admite a passagem para a voz passiva analítica e o verbo estará sempre na 3º pessoa do singular.
Ex1: Vive-se bem naquele país.
Ex2: Precisava-se de novas fontes de riquezas.

Pronome reflexivo
Usado para indicar que a ação praticada pelo sujeito recai sobre o próprio sujeito ( voz reflexiva). É substituível por: a si mesmo, a si próprio etc.
Ex1: O lenhador machucou-se com a foice. (= machucou a si mesmo)
Ex2: Localize-se no mapa. (= localize a si próprio)

Pronome reflexivo recíproco
Usado para indicar que a ação praticada por um dos elementos do sujeito recai sobre o outro elemento do sujeito e vice-versa. Na prática, é substituível por: um ao outro, uns aos outros etc.
Ex1: Pai e filho abraçaram-se emocionados. (= abraçaram um ao outro )
Ex2: Amigo e amiga deram-se as mão afetuosamente. (= deram as mãos um ao outro)

Parte integrante do verbo
Há verbos que são essencialmente pronominais, isto é, são sempre apresentados e conjugados com o pronome. Não se deve confundi-los com os verbos reflexivos, que são acidentalmente pronominais. Os verbos essencialmente pronominais geralmente se referem a sentimentos e fenômenos mentais: indignar-se, ufanar-se, atrever-se, admirar-se, lembrar-se, esquecer-se, orgulhar-se arrepender-se, queixar-se etc.
Ex1: Os atletas queixaram-se do tratamento recebido.
Ex2: Ele não se dignou de entrar.

Partícula expletiva ou de realce
O SE é considerado partícula expletiva ou de realce quando ocorre, principalmente, ao lado de verbos intransitivos, de movimento ou que exprimem atitudes da pessoa em relação ao próprio corpo ( ir-se, partir-se, chegar-se, passar-se, rir-se, sentar-se, sorrir-se, etc. ), em construções em que não apresenta nenhuma função essencial para a compreensão da mensagem. Trata-se de um recurso estilístico, um reforço de expressão.
Ex1: Acabou-se a confiança no próximo.
Ex2: Lá se vai mais um caminhão de verduras.

A conjunção SE: Atuando como conjunção, o SE sempre introduz oração subordinada.

Conjunção subordinativa integrante
Inicia orações subordinada substantiva ( subjetiva, objetiva direta etc.).
Ex1: Ninguém sabe se ele venceu a partida.
Ex2: Não sei se tudo isso vale a pena.

Conjunção subordinativa condicional
Introduz as orações subordinadas adverbiais condicionais. Essas orações exprimem a condição necessária para que se realize ou deixe de realizar o fato expresso na oração principal. Essa relação também se pode dar num nível hipotético.
Ex1: Se não chover, partiremos à tarde.
Ex2: O material será devolvido se você quiser.

Objeto direto
Acompanha verbo transitivo direto que tenha sujeito animado.
Ex1: Ergueu-se, passou a toalha no rosto.
Ex2: Vestiu-se rapidamente, telefonou pedindo um táxi, saiu.
Objeto indireto
Aparece quando o verbo é transitivo direto e indireto.
Ex1: Ele arroga-se a liberdade de sair a qualquer hora.
Ex2: Ele impôs-se uma disciplina rigorosa.

Além de verificarmos a função da partícula SE, necessário se faz revisarmos VOZES VERBAIS.

Vozes verbais são as formas em que os verbos são apresentados, para indicar se o sujeito pratica ou sofre a ação.

Em português há a voz ativa e a passiva.

1. Voz ativa:

João escreveu a mensagem.

2. Voz passiva:

A mensagem foi escrita por João.

A voz passiva pode ser: analítica ou sintética.

2.1. Voz passiva analítica:

A mensagem foi escrita por João. (João escreveu a mensagem)

Nesse caso, tem-se:

Sujeito paciente     =    a mensagem
Verbo (auxiliar ser + particípio passado) = foi escrita
Agente da passiva = por João.

2.2. Voz passiva sintética:

Vende-se apartamentos( = apartamentos são vendidos).
Alugam-se casas para temporada(= casas para temporada são alugadas).

Nesses exemplos, verificam-se casos de voz passiva sintética: os verbos estão conjugados, concordam com o sujeito paciente em número e são acompanhados de “se”.

Obs.:
– Usa-se a voz passiva sintética quando não se sabe quem é o agente da passiva ou quando não se quer explicitá-lo.
–  Só existe voz passiva com verbos transitivos diretos.
–   Quando são verbos transitivos indiretos têm-se  ocorrência de sujeito indeterminado:.
Necessita-se de secretárias.
Fala-se muito sobre ecologia.

 

Labirinto

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“A aparência é fiel condutora de um coração frívolo.”

A vida é um labirinto no qual o homem chega ao nascer e morre sem encontrar, na maioria das vezes, o caminho para melhor encerrar a sua caminhada.

Nesse labirinto estão as angústias que atormentam o coração humano, num ir e vir  de um lado para o outro, na fadigada corrida contra o tempo.

As incertezas, as frustrações e as intempéries entre uma  trilha e uma estrada consomem a ilusão e definham a esperança  de cada dia.

Não se sabe ao certo, em que parte do percurso o homem se perde. Mas é certo que perdido ele permanece por quase todo ele.

A frustração de um sonho não realizado passa a ser bússola para caminhos que, ao invés de lhe afagarem a alma e refazerem seu ânimo, conduzem-no à lamentável experiência com o engano, com a dor que marca sua existência de forma tão amarga, que lhe tirando a capacidade de amar e até mesmo de se permitir ser amado.

É certo, porém, que algum caminho, ainda que estreito, uma trilha de percalços, está ali naquele labirinto à espera de ser desbravada.

Contudo…

Desbravá-la requer  força, e o homem não quer se cansar.

Requer abnegação, e ele não quer abrir mão de nada.

Requer fé, e ele não consegue confiar no que não vê.

Requer  coragem, e o homem é covarde.

A trilha pode levá-lo  à liberdade, mas ele precisa sentir-se preso às amarras adquiridas em outros caminhos mais largos, mais limpos, mais graciosos.

Não é fácil entrar numa trilha, sem que se esteja preparado. Contudo, preparar-se é impossível, pois não se sabe para quê.

Ainda há caminhos mais amplos a serem escolhidos.  Então, por que escolher o que, aparentemente, é o  pior?

A aparência é fiel condutora de um coração frívolo.

Cultiva-se, então, a incerteza eterna de quem não ousou, de quem se acovardou  diante de novas possibilidades para caminhar, pois os pés frágeis não suportam muito. E, assim, perde-se a oportunidade de conhecer a alegria de dizer confiante àquela frustração, àquele ilusão de outrora: “ há algo melhor à minha espera”.

Assim é o labirinto da vida…

O homem que escolhe servir a Deus é como aquele que não tem medo das dificuldades de se caminhar por um caminho estreito, repleto de dificuldades e aprendizagens. Não é fácil servir a Deus, e isso Elesempre deixou claro.

Mas o espetáculo da vida só se realiza quando se encontra o melhor caminho e a saída desse labirinto se torna vitoriosa, com pés e mãos marcados, mas renovados para não encerrarem a sua trajetória  e, ao contrário, sentir que após aquela trilha é que se começa  viver.

Professora Valéria Duarte Guedes

Biblioteca digital à sua disposição

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Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

·Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de AssisOu a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
· e muito mais….

Esse lugar existe!
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br Só de literatura portuguesa são 732obras!

Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.

O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br

Só de literatura portuguesa são 732 obras!